Nessa minha nova faze de vida, eu tive que deixar algumas atividades que eu fazia com muito orgulho, todas elas para ajudar ou favorecer alguem, pois eu sempre procurei usar o que eu tivesse de bom para que isso servisse de bom para alguem.
Entre essas atividades teve a Radiofonia e a Politica, do Rádio eu sinto falta e saudade, porque me dava a chance de falar com milhares de pessoas ao mesmo tempo, e com pessoas de lugares distantes que tem no radio muitas vezes sua válvula de escape para seus problemas. da Politica eu não vou sentir falta, embora não me afaste definitivamente dela, mas o pior meio que existe é o da politica, aqui, interesses particulares estão sempre em primeiro lugar, aqui cidadãos honesto são enganados e humilhados, aqui pais de familias são chantageados na hora de uma doença, e depois são deixados de lado como um fardo sem serventia. Na politica a saude é banalizada e tratada como mercadoria de troca, onde uma grande ilusão é criada para que um voto seja trocado por um atendimento médico de algum politico que tem dinheiro para bancar uma consulta em uma época dessa. A politica teve sua importância pra mim, porque durante alguns anos ele me serviu, mais senti na pele a humilhação de ser pobre e da periferia, percebi que para vencer na politica e conseguir algum beneficio para alguem, eu teria que perder o que eu tinha de mais importante na vida, a minha dignidade, e resolvi que isso eu nunca ia perder, pois foi com ela que eu venci uma doença cronica, e foi por causa dessa doença que eu entrei na politica, para tenta facilitar a vida daqueles que eram esquecidos e exprimidos pelo sistema
Durante a minha campanha eleitoral (campanha essa que não cheguei nem a fazer), eu decidi que seria a ultima, qualquer que fosse o resultado, pois meu trabalho era com pessoas doentes, e eu não tinha coragem de pedir um voto a uma pessoa que eu ajudasse em um momento de doença, pois meu trabalho era em agradecimento a Deus por ter me preservado a vida quando o PÊNFIGO teve um inicio fulminante na minha vida, e eu me sentia mal em falar de politica com pessoas já debilitadas por suas patologias.
Muita gente me fez proposta durante a campanha para desistir e apoiar alguem, se eu tivesse aceitado talvez tivesse hoje com um bom salário e seguro por 4 anos, mais não estaria bem com minha consciência, pois eram em mim que essas pessoas confiavam, e eu mesmo sem condições tinha que ir até o fim, pois desistir seria reconhecer que meu limite teria chegado no fim.
Em fim Deus ao me tirar a voz, também me tirou a ilusão de que um podia ser um politico de sucesso, porem mesmo sem minha voz vou continuar lutando por aquelas pessoas que minha ajuda estiver ao alcance, pois para ser solidário não precisa ser politico, basta ter boa vontade
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