domingo, 21 de agosto de 2011

Guarany joga mal e só empata em casa com o Fortaleza

O Guarany deixou de conseguir hoje dentro de casa uma boa vitória contra o Fortaleza, e disparar na liderança do Grupo B da Série C do Brasileirão, o jogo tinha tudo a favor do Guarany, a torcida, o bom aproveitamento em casa, a goleada contra o América no último jogo, e a importância da vitoria para as pretenções Bugrinas, mas quem jogou melhor e saiu na frente foi o Fortaleza, aos 15 do primeiro tempo, atravez de Esley, que fez um bom jogo, e o Fortaleza até podia  ampliar o placar, porem parou nas boas defesas do goleiro Ricardo. Para o segundo tempo, o técnico do Guarany veio com o atacante Rafael no lugar do volante Peter que tava muito mal no jogo, mas o empate só veio aos 33 do segundo tempo, numa cabeçada do zagueiro Lima, que deu números finais ao jogo.

O Guarany jogou muito mal e o empate acabou sendo um bom resultado, pois o time produziu pouco, e não teve apetite para vencer o jogo.

Clodoaldo deu nova cara ao Guarany, o time passou a criar opções de gols, só depois da entrada do Baixinho, acho que já tá na hora do técnico Oliveira  Canindê lançar  Clodoaldo mais cedo no jogo, quem sabe até no inicio.

Não entendi a entrada de Tiago Granja no jogo, quando o Guarany  estava precisando era de atacantes para precionar o Fortaleza, até porque Tiago entrou e ficou na Lateral embolando a lateral com Ângelo. 
O Volante Carlos contudido. e o Zagueiro Braga assistem o jogo das arquibancadas

Danilo Pitbuul ficou no banco e não foi aproveitado, mesmo com os atacantes jogando mal, a impressão que deu, foi que Danilo Pitbuul  não está 100%, e o técnico não confia nele, pois o jogo hoje estava pra ele, e ele poderia ter sido decisivo no jogo. Danilo pelo jeito não gostou  de ter assistido o jogo como mero espectador,  quem sabe no proximo eler não venha como titular.

O Atacante Cleiton não tá vindo nem no banco do Guarany, e com sua ausência, o Guarany perde muito nas bolas àereas, pois Cleiton é especialista nesse fundamento.

TIME DO GUARANY: Ricardo, Ângelo, Lima, Jr. Alves e Neilton, Peter(Rafael) Ricardo Baiano, Rodolfo(Tiago Granja) e Eliomar, Niel(Clodoaldo) e Issac.


TIME DO FORTALEZA: Lopes, Marcio Gabriel(Wellington Amorim), Desinho, Preto e Lino, Escobar, Rogerio, Esley(Luciano Sorriso) e João Victor, Carlinhos Bala e Vavá(Zé Augusto). 


CLASSIFICAÇÃO: 


1°   AMÉRICA             9 PONTOS
2°  CRB                        9 PONTOS
3°  GUARANY            7 PONTOS
4°  FORTALEZA         5 PONTOS
5°  CAMPINENSE       4 PONTOS

O Gurany jogará no proximo sábado em Natal contra o América.

Crônica – Trajetória de uma Luta


A História do meu Pênfigo Vulgar

10 anos de PÊNFIGO VULGAR

Nesse texto irei contar um pouco sobre a trajetória de uma luta, que jamais pensei que tivesse que enfrentar, mas que nunca pensei que eu fosse tão forte, e que fosse preparado para enfrentar tamanha façanha, pois não foi só contra uma doença terrível que tive que lutar, foi também contra o descaso dos médicos, da dificuldade financeira, da falta de informação e do abandono por parte de pessoas que eu confiava e que só fizeram me usar enquanto eu podia servir. Também narrará momentos de carinho, de solidariedade e de confiança em Deus.

O ano era 2001, tudo transcorria normalmente em minha vida, tinha sonhos, planos e metas a alcançar. Vivia uma vida simples e feliz, como todo pobre que se contenta em ter muitos amigos e saúde para seus filhos. Entre meus planos estava o de nunca me separar deles, e de tudo fazer para que fossem felizes, tinha como meta ter meios de ajudar o povo do meu bairro, tentando assim proporcionar a todos um pouco de qualidade de vida, tinha como sonho levar uma vida tranqüila, com saúde e paz, sem ter que me corromper para conquistar algo, mas, por ironia do destino e do meu amor por Sobral, acabei me separando e tendo que afastar-me de meus filhos, pois morava em Fortaleza, e na separação, resolvi voltar para Sobral, enquanto meus dois filhos foram morar com a mãe em Cascavel no litoral cearense. Vi em julho de 2001 meus sonhos virarem pesadelos, quando descobri por acaso um pequeno arranhão do lado direito de minha face, notei que aquele pequeno arranhão não era normal e que muitos transtornos iria causar em minha vida, percebi que dali em diante uma luta desigual seria travada, e que a preservação da minha vida seria a recompensa se eu viesse a vencer. Notei que o arranhão era áspero e que aos poucos tomava forma crescente em meu rosto, passei então a usar todos os tipos de remédios que os amigos indicavam, e como não tinha resultado, resolvi ir ao médico do Posto de Saúde do bairro para tentar encontrar uma solução para o meu problema. A ajuda do médico não foi muita, pois nem ele conseguia entender a causa daquele arranhão, que aquela altura já transformava-se em uma grande ferida que a cada dia crescia e aos poucos me levava a loucura, até porque a ferida transformou-se em uma bolha purulenta que coçava demais, e que acabava com minha auto-estima. O médico pediu-me que procura-se um Cirurgião Plástico para fazer uma biopsia para descobrir a causa da lesão. Então em Setembro eu fiz uma biopsia, que atestou tratar-se de uma doença crônica chamada de Pênfigo Vulgar, (Pênfigo é uma doença rara, que destrói células do organismo, baixando a imunidade e enfraquecendo o sistema imunológico). Com o resultado em mãos eu comecei uma peregrinação em Sobral por médicos que conhecessem a doença e me mostrassem um remédio que amenizasse um pouco a forte dor que eu sentia, até porque a lesão crescia cada vez mais e eu começava a me sentir angustiado e triste, pois a dor que sentia no rosto era grande,  mais nem se comparava com a incerteza do que eu teria que enfrentar pela frente, porque mesmo com o resultado da biopsia em mãos, nenhum médico em Sobral confirmavam que era Pênfigo e assim começasse um tratamento. Só diziam que eu não pegasse sol e que usasse pomada, pois logo tudo estaria cicatrizado. Mais o tempo ia passando e tudo foi piorando, as lesões que no começo eram só no rosto, passaram para a cabeça e começaram a se espalhar por todo o corpo, eram lesões erosadas que ficavam em carne viva, proporcionando assim uma dor dilacerante que doía no mais profundo da minha alma, pois eu me sentia perdido no meio de uma doença tão grande e desconhecida. Eu não entendia o que acontecia e quase me deixava levar pelo desânimo, sabia que a doença não era simples e que um mar de tormento eu teria que ultrapassar. Sabia que ganhar e perder faz parte da vida, e que vencer esse desafio era minha obrigação. Sabia também que somos seres humanos e que por isso estamos sujeitos aos perigos do destino. Agente tem por costume na vida, sempre querer ganhar e nunca perder, tem por mania não agradecer a Deus quando ganha e sempre reclamar quando perde, eu entendia que o que acontecia comigo era normal e que eu tinha que aceitar, pois eu tinha tido 39 anos só de coisas boas e nunca tinha parado para agradecer a Deus, então para que reclamar de uma coisa ruim que estava acontecendo?

Em janeiro de 2002 a pele do meu rosto começou a largar, e meu corpo todo começou a papocar, eram bolhas purulentas que surgiam a olho nu, e depois transformavam-se em lesões tipo queimaduras, a dor era tanta que a sensação que eu sentia era que meu corpo todo estava em brasas, e que minha pele aos poucos ia deixar o meu corpo. Nessa hora comecei a sentir um forte vazio em meu peito e fiquei em dúvida quanto a minha capacidade em suportar tamanho sofrimento, pois o que me assustava era o fato dos médicos não conhecerem a doença e com isso eu ficar sozinho nessa luta, sem tratamento e sem cura. Outro fator que também me apavorava era de pensar em como meus filhos, Tony com (9) nove anos, e Danielly com (4) quatro na época, iam encarar esse problema, pois meu corpo todo estava se decompondo e eu já não podia mais abraçá-los, mas sabia que tudo que eu sofresse não importando qual fosse o resultado, eles teriam que tirar lições para se fortalecerem para o futuro, pois essa foi uma das principais causas pela qual eu aceitei o problema e resolvi encarar tudo de frente, sem medo, sem reclamar e sem me lamentar para Deus.

Na continuação irei contar como superei dez internações, quatro cirurgias nas cortas vocais, cinco meses sem deitar e sem dormir, a chegada do diabetes, três anos de depressão, a ida de minha filha Danielly para a Itália e a chegada da morte, irei contar como superei tudo isso tendo como arma apenas, a fé em Deus, a esperança e uma vontade voraz de viver. Irei detalhar cada sentimento que senti e como tudo foi superado sem nunca deixar de ser feliz. Irei também contar pequenos milagres que aconteceram durante essa Trajetória de Luta e de como fazer a dor e o sofrimento serem um aliado, quando tudo estar preste a desabar. Farei isso para mostrar que nenhuma dor, nem um sofrimento, nem um problema é mais importante do que a vida, e que enquanto ela existir, haverá sempre uma esperança de uma luz no fim do túnel, e que Deus como Pai nunca abandona seus filhos, mesmo com a morte lhe rondando.

Essa crônica foi escrita para o Jornal O Circular quando o meu filho Tony ainda morava comigo e quando o Pênfigo ainda estava no inicio, irei postar uma por semana no blog e assim contar como foi a minha Trajetória de luta e como o Pênfigo chegou em minha vida, postarei do mesmo modo que escrevi na época, pois quando escrevi foi mostrando o que estava sentindo e como tudo estava acontecendo.